[Leve um livro] Apanhados do chão, José Chagas

No mês do aniversário de São Luís, nada melhor do que comentar uma obra da literatura maranhense na Campanha Leve um Livro. Apesar de estarmos já distantes do dia 8 (o dia do aniversário) ainda vale a pena fazer essa pequena homenagem, não é? E quem diria, hein.

Já se passaram 400 anos de história, de reviravoltas, de fracassos e sucessos. São Luís é uma cidade da qual já falei bastante aqui no blog, diretamente através dos posts "Parabéns, São Luís", "Ilha apodrecida", "A cidade", "O preço do progresso" e "Uma cidade feita de caos" , além de falar sobre eventos culturais e demais situações acontecidas nela. Pensando bem, eu já falei dela mais do que eu imaginava, e por conhecê-la bem posso afirmar com sinceridade: tem seus defeitos, mas não nos deixa incapazes de amá-la.

Acontece que esta cidade completou uma data importante em um momento certamente turbulento: entre propagandas políticas, promessas milagrosas, construções milionárias e muito, mas muito descaso. Pobre da minha cidade, pobre São Luís. O que posso fazer por enquanto é desejar que seus próximos 400 anos sejam mais prósperos, mais brilhantes, e para isso eu faço uma homenagem singela através do relato da obra do escritor José Chagas sobre a grande testemunha da vida ludovicense: o chão da Ilha do Amor.


O nome do livro é "Apanhados do chão", lançado em 1994 e comprado por mim em 2007 ou 2008, não tenho certeza. É um dos poucos livros do qual minha memória não guardou exatamente onde comprei, portanto resta a suposição de que ele foi comprado no sebo mais famoso da cidade: a Livraria Poeme-se (onde cheguei a comprar um livro muitíssimo bacana por apenas R$ 1,00), que por acaso é a livraria que mais adoro atualmente. O exemplar que tenho é uma edição bem simples, impressa pela Gráfica da UFMA, e possuía antes o nome do primeiro dono - algo que minha imbecilidade juvenil fez questão de ocultar com corretivo de caneta. Só resta mesmo a saudade de ver o livro intacto tal qual a primeira vez que o vi.

A intenção na compra dessa obra era bastante simples, porém a leitura dele acabou sendo adiada e só foi retomada esse ano. As poesias de José Chagas nesse livro me encantaram por terem uma boa história pra contar, através de algo que sempre temos contato, mas acabamos por esquecer: o chão. É nessa terra de paralelepípedos, piçarra, pedras, barro e asfalto que a história de São Luís vai se construindo, e através das belas e por vezes ácidas palavras do escritor ficamos cientes do que o chão tem pra nos contar sobre pontos diferentes da cidade e sobre ela como um todo. Recorri a Chagas para saber mais sobre onde moro, para entrar e fazer parte do legado ludovicense. E essa experiência teve seus frutos, como se após a leitura os ouvidos tivessem ficados treinados a escutar os ecos do chão onde pisamos. E sim, é a mais pura verdade: ele tem muito que dizer.

E então, que tal levar esse livro?

3 comentários:

  1. Estava com saudade do Badu, faz tempo que não visitava. Valeu a pena reler diversos textos atrasados. Só tá precisando voltar à ativa, Mary. Estou tentando voltar à velha forma lá no INTITULÁVEL tb. Vc conhece o livro "Os tambores de São Luís"? Feliz Natal pra vc e pro Badu!

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    1. Muito obrigada pela visita, senti mesmo falta dos seus comentários. O blog deu uma parada por enquanto mas voltará à ativa em breve este ano, pode aguardar. :)

      Sobre o livro, conheço-o sim, porém ainda não tive o prazer de ler essa obra. Assim que der uma lida compartilho minhas observações por aqui, e espero receber mais muitas das suas visitas.

      Feliz 2013! :D

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  2. Re fana ka pheko bakeng sa ho phekoloa mathata a fapa-fapaneng tsa bophelo bo botle, ka ho sebedisa sethethefatsi se 'nile a fana ka le lijo-thollo e ka u phekola lefu lena ka ho feletseng.

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