Certas vezes fico abobalhada com a capacidade do ser humano em complicar as coisas. Digo isso porque nas últimas semanas, diante de um trabalho de faculdade onde o assunto da minha equipe era simplicidade, o que havia no texto o qual nos baseamos era tudo, menos simples.
Seja procurando conceitos, significados, sentidos diferentes, sensações novas ou simplesmente uma explicação plausível, o homem sempre busca achar o detalhe que ninguém viu, explicar sinais, traduzir coisas. Não vivemos por viver, definitivamente – salvo alguns casos.
Complicamos as coisas ditas “bobas”, os atos mais simples. Seja no dia-a-dia com amigos, seja em um relacionamento amoroso (este é o principal alvo das complicações), seja na execução de um trabalho, na nossa maneira de nos ver e de ver os outros. Estamos sempre inquietos, procurando o pêlo do ovo, o chifre do cavalo. Eles podem até não existir, mas estamos lá pra buscar.
Não critico o ato, pelo contrário, acredito que a busca pelo cerne das coisas é que nos torna mais conhecedores do mundo e, por que não, de nós mesmos. Sem essa constante busca pelos “porquês”, não saberíamos metade das coisas que a humanidade conhece hoje, ou não entenderíamos explicações para fatos que sequer passariam pela nossa cabeça. Só devemos tomar cuidado pra não fazer disto uma lei, um dogma intransponível. Devemos saber a hora de complicar e a hora de apreciar a beleza na simplicidade das coisas.
Gostei muito do texto, Mary. A simplicidade também é complexa, mas ela tem uma beleza ímpar que está sendo esquecida nos dias atuais. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluir"É nas coisas mais simples e anônimas que se encontram os maiores tesouros da emoção" Augusto Cury
hah que texto bacana ... falar de simplicidade parece simples rs... porém as palavras tem que ser bem ditas pois o assunto é um pouco extenso, complexo e cheio de variáveis né ... gostei bastante !!! No mundo onde a simplicidade fica cada vez mais distante encontramos um post bacana como o seu ... parabéns !!! bjos queridos
ResponderExcluirA verdade mesmo é que tudo é simples, nós é quem gostamos de complicar... Apenas isso.
ResponderExcluirótimo texto, aliás como sempre,Mary!
ResponderExcluirSobre a mania de complicar as coisas, sempre achei que ela é bastante característica do homem.
"Estamos sempre inquietos, procurando o pêlo do ovo, o chifre do cavalo."
A nossa imaginação costuma ser não só inquieta, como complicadora das coisas e de nós mesmos. Mas como tu diz, isso também já nos trouxe muitas conquistas. É preciso saber complicar e descomplicar
Pra mim tudo é simplesmente complexo. Apesar de estar falando assim, sou muito por fora do assunto XD
ResponderExcluirOlá, povo querido do Badu!
ResponderExcluirótima reflexão, Mary!
Vivo pensando se nossos grandes dilemas não passam de complicações que nós mesmos criamos em torno de coisas que não enxergamos serem simples. E nessa leva, a busca pela felicidade também vai junto.
Você já assistiu "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"? Por indicação de um amigo, assisti a pouco tempo e achei a mensagem do enredo muito boa, sobre a felicidade estar contida nos gestos mínimos, nos detalhes simples que estão ao nosso redor e a nossa disposição o tempo todo, esperando que a gente abra os olhos de dentro, onde mora a poesia, e finalmente os enxergue.
Fica a indicação, porque vale muito a pena!
Abraços em todos,
e vamo votar no Badu, povo!!!!
Não é simples adjetivar esse texto.
ResponderExcluirAté já virou clichê, mas gosto muito: "o menos é mais". A simplicidade está nas coisas mais belas da vida. Temos que ser sensíveis o suficiente para poder identificar. Quem não se comove com o sorriso de uma criança? Com um carinho do bichinho de estimação que dá, dá, sem pedir nada em troca?
ResponderExcluir