O que (não) me falta

Semana sem açúcar - e ela ainda não acabou.


Milhares de pessoas com uma vida aparentemente perfeita colecionam pesares diários. Toda vez que me ponho a reclamar penso na frase dita em algum momento por alguém que "o ser humano nunca está satisfeito". Se lhe falta comida, brada de fome; se lhe sobra, grita por mais; se chove dinheiro, procura o aumento das cifras. Reclama da presença do amor ou da falta dele.

Poucos são os momentos em que a gente se sente o menor dos míseros seres humanos que compõem esse planeta gigantesco dentro de uma galáxia mais gigantesca ainda, que por sua vez faz parte de um universo sem fim. Pode não ser falta de dinheiro, pode não ser enfermidade, mas há sempre detalhes que, se não ajustados, comprometem o que seria a o modelo de vida perfeita concebido na cabeça de cada um.

Talvez tenham sido todos esses nós propositalmente atados que me fizeram voltar ao clima igual ao de quando escrevi o post Uma gota de desamor. Algo parecido está acontecendo. Mas diferente o suficiente pra deixar que a dureza da visão e a língua afiada sejam substituídas por um olhar mais brando, até doloroso, e por um calar resignado.

Até.

3 comentários:

  1. eu estava precisando ler algo assim :)

    ResponderExcluir
  2. O ser humano gosta de reclamar de barriga cheia mesmo e isso faz parte da natureza humana mesmo: querer sempre mais! Nas raras vezes em que nos damos conta de o quanto nossa vida é suficientemente boa é quando vemos outra pessoa em situação pior e tenho certeza que para isso não faltam exemplos. Claro que nem todos pensam assim. E nem todos percebem o quanto a falta de algo é importante. Já imaginou uma vida onde não tenhamos mais nada pra conquistar? Um saco, no mínimo!
    Ver o lado positivo até nos fracassos é um bom jeito de superar essas pequenas "faltas", eu acho!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  3. Somos afetados pelas perspectivas, e nossas perspectivas sempre mudam. Buscamos o máximo, a montanha-russa, a corda-bamba... Como é difícil viver quando os dias são todos iguais...
    (E, ao mesmo tempo, como gostamos da segurança de um dia igual ao outro... que bichinho complicado somos nós!)

    ResponderExcluir