Ódio compartilhado...

...Ou "Minhas Aventuras no Maiobão". Queria não ter me deparado tão cedo com  meu primeiro dia zicado de 2011.

Não sei se foi pé esquerdo ou macumba direcionada, mas apesar do meu dia começar bem motivado, uma série de intempéries não contribuiu com a onda de ânimo. Pois bem, acordei bem cedo com a intenção de ir ao meu primeiro dia de aula em um curso há muito esperado por mim, e de cara já peguei o ônibus mais lotado da galáxia, com direito a esmagamento de músculos e calor humano pra dar e vender. O Maiobão, que pra quem não sabe é um bairro com pretensões de emancipação, é terreno desconhecido pra mim - mas me vali do pouco que sabia e de algumas informações que me deram pra chegar no destino.


Desci em uma parada um tanto longe de onde deveria, e pra completar o cenário uma chuva fina não deixava de cair. Andei mais de um quarteirão e por milagre não me perdi, pois minha noção de espaço não é das mais confiáveis... Pois bem. Fui indicada a achar uma tal Casa Branca que, ao chegar lá, descobri que era verde (?), e depois de andar meio quilômetro pra um lado do ponto de referência, descobri que o lugar que procurava estava do lado contrário, bem perto da Casa Branca-Verde. Mas mesmo assim não desanimei. Como em desenho animado, o sol saiu das nuvens assim que vi o prédio do curso, com direito à música de fundo e tudo mais. Certo, não teve música de fundo, mas teve sol e teve uma topada violenta no meu pé, que quase levou a sandália inteira e o restante da minha paciência.

Respirei.

Uma interrogação tomou conta do meu rosto quando as portas do curso estavam fechadas. FECHADAS. E refletindo agora percebi que a bruxa deve estar solta, porque uma semana antes o prédio havia sido assaltado e ele não teria as portas abertas enquanto não houvesse segurança garantida por vigias. Muito bem. Ninguém em avisou, e lá vou eu de volta pra casa. Mas calma; pra fechar com chave de ouro, aquela corridinha básica pra pegar o ônibus porque o motorista LINDO não ia parar a não ser pela intervenção do motorista de um carro que o fechou, depois que percebeu meu desespero pra não ficar mais naquelas terras malditas [Desculpem, maiobeiros]. Claro que não pude deixar de travar uma briga mental com o motorista, e depois da raiva engolida decidi ficar a tarde toda em casa - como forma de protesto e prevenção. Protesto porque sou gente e mereço respeito. Prevenção porque em dia de azar topada no pé é o de menos.

Abraços zicados a todos.

5 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkk
    Era o curso de 3D Max? Onde é essa tal casa maldita e branca, porém verde?
    Eita, Mary... Que desventura foi essa! Ao menos, no fim das contas e do dia, você está inteira. ^^

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  2. Pense: Poderia estar chovendo forte quando você estava no ônibus xD
    Chuva + Maiobão (e similares) lotado e praticamente um teste divino.

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  3. [Desculpem, maiobeiros], hahahaha... perdoada!!


    Pois bem, deu pra notar a raiva que passou na viagem ao desconhecido.
    Faz us dois meses que eu fiz um trabalho sobre o maiobão, analisando estrutura, serviços, transportes, segurança essas coisas. e durante a pesquisa, entrevistei pessoas. Ter entrevistado vc e esse episódio seria ótimo, rs, a visão de uma visitante no seu primeiro dia.

    é, espero q tenha sido só azar mesmo e que aconteça diferente nas proximas vindas ao bairro ( se é q ainda vem), mas quanto ao ônibus lotado, rsrsrs, esse aí não foi azar não!

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  4. aaah, e quanto a essa 'casa branca', queria muito saber qual é, rsrs... Conheço uma chamada assim mas fica um pouco depois do maiobão e realmente é branca!


    =)

    Abraços

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  5. Compartilho do teu ódio. Um dia agente acostuma,
    como eu tive que fazer ... hehe!

    Inté mais!

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