15 anos sem o Maestro Soberano


"O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antônio Brasileiro" 


No último dia 8 de dezembro completaram 15 anos da morte da morte do maestro, cantor e compositor brasileiro Tom Jobim. Quem estava por perto durante esse período viu o quanto reclamei pela mídia ter deixado tal fato passar em branco. Como, por esses dias consegui alguns álbuns dele, resolvi, um pouco tarde demais, escrever um post para homenagear nosso maestro soberano. 


Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu em 25 de janeiro de 1928, no Rio de Janeiro e faleceu em 8 de dezembro de 1994, em Nova Iorque. Era compositor, cantor, pianista, violinista e maestro.

Alguns artistas, de certa forma, conseguiram transferir para suas obras um ritmo ou uma letra que trazia nela características específicas de suas regiões. Nilson Chaves, no Pará; Alceu Valença em Pernambuco ou Papete e João do Vale no Maranhão. Tom conseguiu, de uma forma que poucos conseguiram, não representar somente uma região, mas conseguir ser o cronista de um país inteiro, musicando matas, cores, animais, sons e movimentos. (Taí “Águas de Março” que não me deixa mentir). 

Esse amor de Tom pelo Brasil nem sempre foi retribuído à altura. Exilado em Nova Iorque, tom Jobim fez mais sucesso pelo mundo do que na sua terra natal. Nos Estados Unidos tornou-se o músico estrangeiro com maior popularidade. Em 1971, quando o futebol brasileiro estava no auge com o espetáculo dado na copa realizada no ano anterior, a estrela do cinema francês Jeanne Morroe veio ao Brasil. Ela falava muito da genialidade do maestro brasileiro, mas desconhecia completamente quem era Pelé. O álbum Matita Perê, considerado um dos melhores do maestro, é recomendado por psicólogos como estimulante mental (:O).

O sucesso, porem, não impediram as vaias, como as que ele levou ao vencer o Festival da Canção de 1968, com a canção “Sabiá”, em parceria com Chico Buarque. “Pra não Dizer que não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré, era a favorita do público.

E assim, mais da 15 anos após sua morte e com músicas de até 50 anos de idade, Tom Jobim continua sendo atual e cativante encantando gerações de brasileiros com suas músicas que são uma declaração de amor ao Brasil e à vida.

2 comentários:

  1. sem dúvida uma perda!
    se ele morresse com 200 anos ainda assim seria cedo!

    Mas pelo menos as músicas ficaram, mas as vezes eu penso, como ele se comportaria vendo o que existe hoje e é chamado de música no Brasil =/

    talvez ele tenha ido por isso, puro! Sem conhecer o que estão fazendo hoje né!

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  2. Não que eu goste de comentar assim..ma-as

    pena mesmo que a imprensa não tenha dado a menor importância ao fato, se fosse um desses ditos cantores aposto como iam até acompanhar com helicóptero o cortejo , é o que vende né?

    que o tom seja sempre eterno

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