Homem: bom ou mau?

Em seu livro intitulado “Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens”, o filósofo francês Jean Jacques Rousseau afirma que “o homem nasce bom, a sociedade o corrompe”. Assim ele alegava que a natureza própria do homem é a bondade. As atitudes “questionáveis” do homem não seriam nada mais do que produto da sociedade.

Esse assunto também interessou o psicanalista tcheco Sigmund Freud. Para ele, ainda carregávamos no nosso inconsciente resquícios do nosso instinto animal (não esqueçam que também somos animais). Esse instinto faz com que nós, mesmo inconscientemente, sejamos maus com o outro quando nossas necessidades não são atendidas. Exemplo: se você vai num aniversário, você só leva brigadeiro pros amigos se você já tiver comido a seu.
Porém é preciso dar-se conta que não se pode fazer um julgamento acerca da natureza humana baseando-se em apenas um contexto. Trocando em miúdos, Rousseau dizia que o homem em seu estado natural era bom e um dos motivos para isso era que tudo que ele precisava a Mãe-Natureza lhe fornecia, mas... E quando isso não acontecia? Quem é bom é bom em todas as circunstancias. E é aí que entra Freud defendendo a perversidade do homem frente ao não atendimento de suas necessidades, claro que existem pontos obscuros na teoria freudiana. Por que os seres humanos, em sua grande maioria, se sentem felizes quando fazem outro ser humano feliz? É uma boa pergunta.
Enfim, esta é uma questão que divide opiniões. Não se pode afirmar que um ou outro esteja certo. Mas é um bom assunto pra ser discutido e espero que tenham gostado.

5 comentários:

  1. Acredito que o homem não nasça mal, muito menos ele fique mal conforme adquire alguma ciência. Acredito que tudo é uma grande confusão de valores. Se tu fores prestar atenção, o proprio conceito de mal ou se nasceu ou não mal, se é ou não ruim, de natureza animal e natureza humana é baseado na própria vivência, na própria vida, nas experiências, descobertas, dúvidas e certezas superficiais.

    Acredito que exista apenas o livre-arbítrio, portanto, cada um toca o puteiro que quiser na vida ou simplesmente pode preferir ser mais prudente e coeso.

    Paz aê broto ^^!

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  2. Opa, o "broto" é pra Mary, confundi os autores... Paz aê.

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  3. caracas...isso é mais dos assuntos que ninguém consegue definir...o problema que nós vivemso numa sociedade onde as regras já existiam antes de nós nascermos...Sin City retrata uma típica situação onde todos vivem por conta própria...então isso depende da direção moral do indivíduo...ou seja volta-se à estaca zero.

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  4. Sabe uma coisa que eu nunca tinha pensado e de repente veio me assombrar?
    Um erro de interpretação simples acabaria com a tese de Rousseau. "O homem nasce bom, a sociedade o corrompe". Mas a sociedade dita só existe se houver o homem, então quem corrompe a sociedade?
    abraços, meu e da erva.

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  5. Realmente é um assunto muito interessante e delicado, onde a linha entre o certo e o errado é tão tênua que as vezes chego a duvidar da sua existência...
    No mais eu quero parabenizar a Mary, o Gildson e os eventuais colaboradores por esta delícia de blog, que nos leva a belas discursões e reflexões.

    Abraços aew!!!

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