Mais uma vez, rendo-me às palavras!
Já falei aqui uma certa vez da minha relação tátil, gustativa, visual e olfativa com as palavras. E não é à toa que novamente toco no assunto, mas mais precisamente na consequência da fala, da palavra como arma tão poderosa quanto arma branca - ou nos piores casos, arma de fogo. Sim, certas palavras, por possuírem seus fonemas cruéis ou pronunciadores mal intencionados, têm o poder de derrubar os Golias da realidade. Sejam elas adjetivos, substantivos comuns ou até nomes próprios.
Hitler, Gandhi, grandes escritores e até mesmo as "Cláudias Leitte" da vida se utilizaram ou se utilizam desse símbolo escrito, desse código falado, para as mais diversas finalidades.
Por esse motivo, é importante ter cuidado quando se busca falar, criar, ouvir ou escrever as palavras. Algumas são esguias, outras rígidas, frias, introspectivas, abstratas, ou até podem se assemelhar a uma lâmina afiada e cortante, ferindo tanto quem as pronuncia quanto quem ouve, em cada sílaba entonada.
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